11/03/2020

Novo Coronavírus, uma ameaça global?

O 2019-nCov é um novo tipo de vírus da família do coronavírus descoberto no final de 2019 na cidade de Wuhan na China. A principal possibilidade é que o pangolim (um animal muito semelhante ao tatu bola) possa ser o hospedeiro intermediário entre morcegos (hospedeiros naturais de coronavírus) e os humanos.

O pangolim é um animal em extinção, e sua venda na China é considerado crime, mas ele continua sendo caçado e comercializado ilegalmente, para alimentação e uso de suas escamas para medicina tradicional.

Os vírus desta família são conhecidos desde meados dos anos 1960, e causam infecções respiratórias, semelhantes a resfriados comuns, porém alguns deles podem causar sindromes respiratórias graves, como o caso da SARS , síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome” que infectou mais de 8.000 pessoas em 2002 causando em torno de 774 mortes, uma taxa de mortalidade de 9,6%.

E o MERS do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” que teve uma taxa de mortalidade de 34,4% matando 858 infectados.

Assim como o 2019-nCov a SARS tem um hospedeiro intermediário, um tipo de felino, o civeta, utilizado para a produção de café (o animal ingere os grãos de café e os excreta, o produto desta excreção é utilizado para produção de café- um dos mais caros do mundo!).

Em comparação com esses vírus o novo coronavírus tem uma menor taxa de mortalidade, em torno de 2,1%, porém o número de infectados é muito maior em torno de 40 mil, até o momento, o que mostra a rapidez com que o virus se espalha.

Lembrando que este vírus tem como material genético o RNA, o que pode levar a maiores sucetibilidade de mutações genéticas, podendo se tornar mais letal.

Os sintomas do novo vírus incluem febre, tosse e dificuldades de respirar. Podendo, também, causar infecção do trato respiratório inferior, levando a um quadro de pneumonia.

Já a transmissão dos coronavírus costumam ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:

  • gotículas de saliva;
  • espirro;
  • tosse;
  • catarro;
  • contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
  • contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
     

Ainda não há tratamento disponível nem vacinas, porém a Comissão Nacional de Saúde da China recomendou o uso de medicamentos tradicionais chineses em combinação com remédios alopáticos, como os anti-retrovirais usados para tratar o HIV, entre eles o Lopinavir e Ritonavir.

A prevenção através de cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir o virus continua sendo a melhor maneira de combater o vírus.

É importante salientar que apesar das preocupações em torno no novo vírus, no Brasil em 2019 foram registrados 1.489.457 milhões de casos de dengue, com 689 mortes, um número 5,4 vezes maior do que os registrados em 2018. Assim como a gripe que continua matando brasileiros que não tomam a vacina disponibilizada pelo governo anualmente.

Referências

Ministério da saúde. Coronavírus e novo coronavírus: o que é, causas, sintomas, tratamento e prevenção. Disponível em < https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus>. Acesso em 10. Fev. 2020.

Fiocruz. Fiocruz acompanha situação do novo coronavírus no Brasil. Disponível em < https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-acompanha-situacao-do-novo-coronavirus-no-brasil>. Acesso em 10. Fev. 2020.

Nome: Mayara Gomes
Docente do curso de Farmácia e Laboratório

Euro Anglo Unidade Piracicaba - SP

 

 

  

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